As palavras dos pais têm um poder enorme de semear amor ou semear rancor, semear morte ou semear vida e esperança na vida dos nossos filhos. “Os comentários de algumas pessoas ferem, mas as palavras dos sábios trazem cura” (Provérbios 12:18); “Palavras suaves são árvore de vida, mas a língua enganosa esmaga o espírito” (15:4).
Já participei de dezenas de conferências de mulheres e perdi as contas de quantas mulheres me contaram como foram machucadas pelas palavras de seus pais. Palavras de ódio, de rejeição, palavras de comparação com os outros irmãos. Mulheres que nunca se sentiram capazes de conquistar um diploma ou de um dia se casarem e terem uma família, porque foram humilhadas e desprezadas por pais ou mães que não usaram sabiamente suas palavras. Outras vezes não proferimos palavras tão pesadas, mas sempre falamos com os nossos filhos, ou sobre nossos filhos, em um tom de murmuração ou crítica, achando que eles não estão percebendo.
Em uma roda de mulheres é comum ouvir alguém falando para uma grávida ou recém-casada, enquanto as crianças brincam por perto: “Aproveite agora porque depois que tiver filhos acabou. É só trabalho e canseira”. Que mensagem temos transmitido com os nossos lábios? Que os nossos filhos são bem-vindos e importantes em nossa vida? Que amamos cuidar deles e que eles são um presente de Deus ou que são um peso?
Também precisamos cuidar com a crítica exagerada. Como mães, queremos o melhor para nossos filhos. Queremos desafiá-los a melhorar, a crescer, a superar limites. Mas, com esse desejo, vem a tendência de criticar e de nunca se mostrar satisfeita. De querer que a nota oito na prova se torne sempre dez. Queremos que os nossos filhos sejam os melhores nos esportes, na escola, os melhores na música etc.
As críticas e as comparações podem machucar. Portanto, desafie o seu filho, mas também celebre quem ele é. Reconheça o seu esforço, elogie as tentativas que faz e, acima de tudo, não o compare com ninguém nem com nada. Ele precisa ser quem é e necessita ser orientado para desenvolver os seus próprios talentos, assim com Deus planejou que fosse.
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