Uma das coisas que tem roubado a alegria de muitas famílias é acreditar que precisamos ter a casa, a família, o trabalho e o cônjuge perfeitos para sermos felizes ou sermos aceitos. Mas quando olhamos na Palavra, vemos que este conceito está bem longe da verdade. Por exemplo, quando olhamos para os frutos do Espírito Santo, vemos amor, mansidão, amabilidade mas não lemos perfeição (Galátas 5).
Ou então se formos ler 1 Coríntios 13, quando Paulo fala dos dons espirituais, ele coloca o amor acima de qualquer outro dom. Nosso lar, nossa vida deve ser um lugar onde o amor, e não o perfeccionismo, abunda. Um lugar onde nós mesmas, nossos filhos e nossos maridos temos a liberdade de sabermos que todos nós somos uma obra ainda em construção.
“E estou plenamente convicto de que aquele que iniciou boa obra em vós, há de concluí-la até o Dia de Cristo Jesus.” Filipneses 1.6 KJA
Aceitar que somos uma obra inacabada traz liberdade para o crescimento, para o amadurecimento. Aceitar que por mais que nosso objetivo seja sempre acertar, vamos de vez enquanto errar, nos liberta e também tira um peso dos ombros dos que estão ao nosso redor, o peso de ser perfeito, de nunca cometer erros. Nosso lar deve ser um lar para o qual o filho pródigo sabe que poderá voltar, porque não será recebido com reprimendas e “eu te disse”, mas com o amor do Pai que se alegra profundamente quando o que estava longe vem para perto. Um lar onde nossos pequenos sabem que de vez em quando, a mamãe ou o papai podem ficar chateados ou ser injustos, mas que temos um Deus que nunca falha conosco. Um lar onde o alvo não é que algo seja executado com perfeição, mas com excelência e amor. Um lar onde nosso pequenos sabem que derrubar um suco ou tirar uma nota baixa na prova não os faz incompetentes ou sem valor. Um lar onde o perdão e a misericórdia falam mais alto que o perfeccionismo. Um lar onde todos sabem que nenhum de nós é digno de atirar a primeira pedra. E que o Único que seria digno de fazê-lo, olha em nossos olhos e diz: “eu também não te condeno. Siga a jornada e seja transformada pelo meu amor”.
Disciplina e correção não significam intransigência e falta de misericórdia. Deus é um Pai que corrige o filho que ama, mas a correção vem como consequência do amor.
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